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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Nossos artistas literários


Leitura e escrita se correlacionam. Ao promover-se a leitura, consequentemente se estimula a produção textual de qualidade. Nesta proposta o Colégio Estadual do Campo São Luis – Ensino Fundamental e Médio, localizado no Distrito de Vila Paraíso, município de São João, vem desenvolvendo uma série de projetos importantes, buscando o incentivo para leitura e produção de texto, sempre atribuindo importância para a vivência dos alunos, compreendendo a necessidade humana de integrar a leitura da palavra com a leitura de mundo, sendo que a última precede a primeira. Escrever, por sua vez, evidencia a própria relação do escritor com o mundo que não apenas o cerca, mas do qual faz parte como protagonista crítico e consciente de seu papel enquanto cidadão.
Deste modo, o esforço conjunto pode ser observado nos resultados positivos apresentados na 3ª Edição da Olimpíada de Língua Portuguesa  Escrevendo o Futuro, bem como a classificação no concurso Agrinho 2012.
Na 3ª OLP houveram dois textos selecionados para participar da etapa estadual, sendo um na categoria poema e outro como artigo de opinião. O poema “O Lugar onde vivo” de autoria de Suziane Camargo, aluna do 6º ano do Ensino Fundamental, orientada pela professora Eliane Dalacosta, fala de sua terra de modo romantizado, porém consciente, demonstra compreensão de mundo, fala das belezas sem ignorar as dificuldades e pontos a melhorar.


O artigo de opinião, por sua vez, teve como título “Tradição e sustentabilidade” cuja autoria foi da aluna do 3º ano do Ensino Médio Juliana Alves de Souza sob a orientação da professora Ana Kravec Lottermann. Este artigo aborda a temática da força da cultura na sociedade em que está inserida, levantando questionamentos sobre as questões éticas, sociais e ambientais da sua perpetuação.

TRADIÇÃO E SUSTENTABILIDADE

Cresci vivenciando o clima de festividades relacionadas com a queima da grande fogueira de São João, desde criança presenciei além de sua construção, o cultivo das tradições e a evolução da cidade, sendo para mim uma imensa felicidade acompanhar esse processo.
De acordo com a narrativa de moradores, a tradição da fogueira começou guiada pelo saudoso Padre Raimundo, quando no antigo pavilhão da Igreja Católica era realizada uma pequena fogueira que depois de queimada a lenha, Padre Raimundo andava descalço sobre as brasas para mostrar toda a fé que tinha no nosso padroeiro São João Batista, afinal diz a lenda que quem tem fé nele consegue andar sobre as brasas sem se queimar.
Com o passar do tempo a fogueira aumentou de tamanho, ficando famosa por todo o Brasil por conta disso. Hoje ela se tornou um símbolo cultural e encontra-se em primeiro lugar no ranking brasileiro como a maior fogueira do País com 62,2 metros de altura, atraindo muitos turistas e movimentando a economia da cidade.
Apesar da beleza proporcionada pela queima da fogueira fico pensando sobre os objetivos do milênio para tornar nosso planeta sustentável, pois nela são usados muitos metros de lenha, além disso, é preciso considerar a contaminação da nossa atmosfera com a liberação de fumaça. Acredito que nós poderíamos encontrar uma maneira de continuar perpetuando nossa cultura agredindo menos a natureza, de uma maneira que ela possa ser construtiva e não destrutiva. Precisamos cultivar a cultura da sustentabilidade.
 (Autora: Juliana Alves)



        Como finalista do concurso Agrinho foi classificado o texto “Vencido pela união” da aluna do 6º ano Hanna Caroline Walter Cândido, auxiliada pela professora Ana Kravec Lottermann. Este texto que mistura prosa e verso, trata da vida de uma árvore, quando graciosamente a escritora se coloca no papel de planta, relata o brotar, crescer e ser ameaçada pela força humana quando árvore adulta, então somente a força de todos os elementos da natureza, são capazes de vencer o desmatamento.


Todas são vencedoras! PARABÉNS! 







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