Leitura e escrita se
correlacionam. Ao promover-se a leitura, consequentemente se estimula a
produção textual de qualidade. Nesta proposta o Colégio Estadual do Campo São
Luis – Ensino Fundamental e Médio, localizado no Distrito de Vila Paraíso,
município de São João, vem desenvolvendo uma série de projetos importantes,
buscando o incentivo para leitura e produção de texto, sempre atribuindo
importância para a vivência dos alunos, compreendendo a necessidade humana de
integrar a leitura da palavra com a leitura de mundo, sendo que a última
precede a primeira. Escrever, por sua vez, evidencia a própria relação do
escritor com o mundo que não apenas o cerca, mas do qual faz parte como
protagonista crítico e consciente de seu papel enquanto cidadão.
Deste modo, o esforço
conjunto pode ser observado nos resultados positivos apresentados na 3ª Edição
da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, bem como a
classificação no concurso Agrinho 2012.
Na 3ª OLP houveram dois
textos selecionados para participar da etapa estadual, sendo um na categoria
poema e outro como artigo de opinião. O poema “O Lugar onde vivo” de autoria de
Suziane Camargo, aluna do 6º ano do Ensino Fundamental, orientada pela
professora Eliane Dalacosta, fala de sua terra de modo romantizado, porém
consciente, demonstra compreensão de mundo, fala das belezas sem ignorar as
dificuldades e pontos a melhorar.
O artigo de opinião, por sua
vez, teve como título “Tradição e sustentabilidade” cuja autoria foi da aluna
do 3º ano do Ensino Médio Juliana Alves de Souza sob a orientação da professora
Ana Kravec Lottermann. Este artigo aborda a temática da força da cultura na
sociedade em que está inserida, levantando questionamentos sobre as questões
éticas, sociais e ambientais da sua perpetuação.
TRADIÇÃO E SUSTENTABILIDADE
Cresci vivenciando o clima de festividades relacionadas com
a queima da grande fogueira de São João, desde criança presenciei além de sua
construção, o cultivo das tradições e a evolução da cidade, sendo para mim uma
imensa felicidade acompanhar esse processo.
De acordo com a narrativa de moradores, a tradição da
fogueira começou guiada pelo saudoso Padre Raimundo, quando no antigo pavilhão
da Igreja Católica era realizada uma pequena fogueira que depois de queimada a
lenha, Padre Raimundo andava descalço sobre as brasas para mostrar toda a fé
que tinha no nosso padroeiro São João Batista, afinal diz a lenda que quem tem
fé nele consegue andar sobre as brasas sem se queimar.
Com o passar do tempo a fogueira aumentou de tamanho,
ficando famosa por todo o Brasil por conta disso. Hoje ela se tornou um símbolo
cultural e encontra-se em primeiro lugar no ranking
brasileiro como a maior fogueira do País com 62,2 metros de altura,
atraindo muitos turistas e movimentando a economia da cidade.
Apesar da beleza proporcionada pela queima da fogueira fico
pensando sobre os objetivos do milênio para tornar nosso planeta sustentável,
pois nela são usados muitos metros de lenha, além disso, é preciso considerar a
contaminação da nossa atmosfera com a liberação de fumaça. Acredito que nós
poderíamos encontrar uma maneira de continuar perpetuando nossa cultura
agredindo menos a natureza, de uma maneira que ela possa ser construtiva e não
destrutiva. Precisamos cultivar a cultura da sustentabilidade.
(Autora: Juliana Alves)
Como
finalista do concurso Agrinho foi classificado o texto “Vencido pela união” da
aluna do 6º ano Hanna Caroline Walter Cândido, auxiliada pela professora Ana
Kravec Lottermann. Este texto que mistura prosa e verso, trata da vida de uma
árvore, quando graciosamente a escritora se coloca no papel de planta, relata o
brotar, crescer e ser ameaçada pela força humana quando árvore adulta, então
somente a força de todos os elementos da natureza, são capazes de vencer o
desmatamento.
Todas são vencedoras! PARABÉNS!