Trabalho de Pesquisa - Estatística

ORIGEM ÉTNICA E PRECONCEITO RACIAL

Considerando que Estatística é a área da Matemática que coleta, analisa e interpreta dados numéricos para o estudo de fenômenos naturais, econômicos e sociais, a professora Josiane Franke trabalhou com seus alunos do 3º Ano do Ensino Médio enfocando o tema de Cotas Raciais nas Universidades, gerando debates e discussões em sala, posteriormente os alunos do 3º Ano pesquisaram junto as demais turmas sobre a cor da pele que cada qual de considera, dentre os pardos e negros se os mesmos já foram vítimas do preconceito racial, além disso pesquisaram sobre a descendência étnica dos mesmos.
Como resultado da proposta de pesquisa, os alunos fizeram tabelas, gráficos e textos argumentativos baseados nos resultados da pesquisa.

Alguns trabalhos estão aqui transportados

Os trabalhos foram dispostos em cartazes e expostos em áreas comuns a todos na escola, dentre os quais alguns estão aqui dispostos.

Os alunos ainda foram instigados a construir um texto de análise dos dados obtidos, dentre os quais, elegeu-se os seguintes:

TEXTO 1

A INFLUÊNCIA RACIAL EM NOSSA SOCIEDADE

Atualmente muitos brasileiros estão entrando nas Universidades através das cotas raciais e de escolas públicas. Isso deve-se ao fato de que a maioria dos brasileiros são negros ou pardos e também  devido aos maus tratos de nossos antepassados.

O preconceito ainda é muito forte em nossa sociedade, pessoas são julgadas menos capazes, tendo como parâmetro a cor de sua pele. No meu ponto de vista, essas cotas servem apenas para discriminar ainda mais as pessoas, pois mostra que elas não têm capacidade para estudar, tirar uma boa nota e passar por seu próprio esforço, ao contrário, precisam de contas para passar.

Em nosso colégio temos muitos alunos que já sofreram preconceito por sua cor. Isso é preocupante, pois a cor da pessoa não importa e sim o seu caráter.

Através das pesquisas concluímos que há uma grande miscigenação em nosso meio, afinal estamos no Brasil que é um País com maior mistura de raças.

Na pesquisa realizada pelos alunos do 3º Ano do Colégio Estadual do Campo São Luis – EFM, vimos um grande número de descendentes de italianos, totalizando 38%, em segundo lugar estão os alemães com 29% do total de entrevistados, em seguida os descendentes de índios aparecem na pesquisa com 16%, ainda aparecem os descendentes de poloneses com 9% do total de alunos e os negros com 8%. Em relação a cor da pele, a pesquisa aponta uma presença marcante de brancos (58%), seguidos pelos pardos com 39% dos alunos pesquisados e aqueles que se declaram negros somam apenas 3% do total dos alunos pesquisados.

Com isso podemos concluir que há um grande número de diferentes raças em nosso meio, deste modo, devemos nos respeitar mutuamente para podermos viver em uma sociedade mais harmônica, onde somos todos iguais.

(Rayane Piovesan – 3º Ano)

TEXTO 2

PRECONCEITO RACIAL

Um tema muito polêmico desde o seu início, são as cotas raciais em Universidades, de um lado os negros beneficiados pelas cotas, do outro os brancos que não entrem em Universidades por ter suas vagas preenchidas  por cotistas que, às vezes, possuem notas menores que as suas. Muitos consideram as leis de cotas preconceituosas, discriminativas, considera-se que o negro não possui capacidade de disputar igualmente por vagas.

A Lei de cotas foi criada para fornecer oportunidades de pardos e negros dar continuidade aos seus estudos e ingressar no ensino superior, foi a maneira encontrada para amenizar os danos e sofrimento passado por negros ao longo da história. Porém esse modelo ainda gera controvérsias.

Com base nos estudos e pesquisas por nós realizados, através da coleta de dados realizados no nosso Colégio, os quais foram convertidos em gráficos e tabelas, onde percebeu-se que há influência étnica de alemães, poloneses, índios, italianos e negros, verificando-se uma miscigenação significativa, contudo a maioria da porcentagem da cor da pele ficou evidenciada como branca, seguido por pardos e negros. Dentre aqueles que se declaram negros ou pardos, 28% dos alunos afirmam já terem sofrido algum tipo de preconceito racial.

Com esta pesquisa foi possível concluir que os alunos possuem são frutos de uma grande miscigenação, não fazendo parte de uma “raça pura”. A maioria dos alunos consideram-se brancos, totalizando 58% do total de alunos pesquisados, seguidos dos pardos que são 39% e apenas 3% declaram-se negros, compondo a minoria do grupo pesquisado.

Quando questionados sobre serem contra ou a favor das cotas, a opinião é dividida, ambos possuem fortes argumentos e opiniões formadas. Independente de ser a favor ou contra devemos ter consciência de que devemos respeitar a opinião de cada um, só assim poderemos viver em uma sociedade mais justa, independente da cor da nossa pele.

(Aluna: Jóice Sabrila de Souza – 3º ano)

TEXTO 03

BRASIL: UM PAÍS DE TODOS

O Brasil é um País rico em cultura e existem muitos povos diferentes, o problema é que muitos não enxergam o verdadeiro valor das pessoas. Uma Lei que o Poder Legislativo criou permite que negros e pardos ingressem com maior facilidade ao Ensino Superior, são as cotas raciais.

Claro que muitos não concordam com isso, mas é um direito, todos têm direitos iguais e tanto um negro ou um pardo como um branco pode entrar em uma faculdade pelas cotas. Uma pesquisa  realizada no Colégio Estadual do Campo São Luis – EFM, localizado na comunidade Vila Paraíso, município de São João – Paraná, comprova que muitos dos alunos já sofreram algum tipo de  preconceito pela cor de sua pele.

Outro dado importante apontado pela pesquisa foi a taxa de influência racial das famílias dos alunos, onde 38% das famílias tem descendência italiana e a maioria se declara como branco.

O preconceito é um assunto muito delicado e parece crescer cada vez mais, principalmente nas escolas. Agora as chances para os alunos negros aumentaram muito mais, pois as cotas são uma porta de entrada para quem antes não tinha chance de entrar tão facilmente em uma Universidade.

Para isso, basta ter força de vontade e determinação, não importa a cor da pele ou de que escola o aluno veio, o importante é lutarmos por um mundo mais justo, sem preconceitos e enxergar que todos somos iguais independente da cor da pele.

(Dayane Oliboni – 3º Ano)

TEXTO 04

COTAS RACIAIS

Uma pesquisa realizada no Colégio Estadual São Luis – EFM demonstra a influência racial nas famílias dos alunos, cor de pele, e dados correlacionados ao preconceito decorrente da cor da pele dos indivíduos declarantes como pardos ou negros.

Os dados desta pesquisa apontam que 58% dos alunos consideram-se brancos, 39% declaram-se pardos e somente 3% se consideram negros. Dentre a porcentagem que se declara negra ou parda, 72% não sofreram com o preconceito racial, enquanto que os 28% restantes já sofreram com o preconceito.

Com base nos estudos e pesquisas, concluímos que até 42% dos alunos podem beneficiar-se com a Lei das Cotas Raciais para ingressarem em uma Universidade, sendo assim, por isso torna-se injusto com os que se consideram brancos, pois talvez com uma nota menor, o indivíduo declarante como pardo ou negro, conquistará sua vaga, contudo é importante considerar que a cor da pele não influencia a capacidade de cada um.

Mesmo que a cor da pele não influencie na capacidade intelectual de cada um, as cotas raciais favorecem uma boa quantidade de alunos, pois a taxa de 42%, sendo assim tem uma diferença de 16% entre os que podem ingressar por cotas e os que não podem.

(Viclei Marcolina – 3º ano)

Todos fizeram um excelente trabalho e estão de Parabéns, continuem se esforçando e conquistarão todos seus objetivos.

Esperamos o comentário de vocês